Adenoma hipofisário é um tumor benigno que aumenta desreguladamente a produção de hormônio do crescimento (GH), podendo causar acromegalia em 98% dos casos e aumentar também a produção de prolactina, em cerca de 10-25%.
Esse tipo de tumor pode se desenvolver em qualquer parte do corpo, sendo mais comum acometer glândulas, como as que estão presentes na parte final do intestino, no cólon, ou em glândulas presentes no cérebro como a hipófise.
O que o adenoma hipofisário pode causar?
Por causar o aumento da secreção de GH, o adenoma hipofisário pode causar duas síndromes: o gigantismo e a acromegalia, que se diferenciam basicamente pela faixa etária em que o tumor se desenvolve.
O gigantismo acontece quando as placas epifisárias ainda estão abertas durante a fase de crescimento de crianças e adolescentes. O excesso de hormônio do crescimento provoca um aumento significativo da estatura, ultrapassando a meta de crescimento esperada pela genética.
A acromegalia acontece quando as placas epifisárias já se fecharam e o crescimento já foi concluído, ou seja, em pacientes adultos. Neste contexto não há mais a possibilidade de crescimento dos ossos, porém outras partes do corpo continuam a crescer como nariz, lábios, língua, pés e mãos.
Por isso que adultos que não possuem deficiência de GH e que suplementam sem orientação médica podem passar por esses efeitos colaterais de crescimento anormal das extremidades. Por outro lado, a reposição hormonal com indicação médica e acompanhamento adequado pode trazer vários benefícios para pacientes adultos e também no crescimento infantil.
O que o excesso de GH pode causar?
Além do crescimento das extremidades, o excesso de GH acelera o crescimento dos músculos, ossos e tecido conjuntivo durante a fase de desenvolvimento. Há pessoas que conseguem ultrapassar os 2,2m de altura que, dependendo da idade, pode ser desproporcional à idade. Os sinais e sintomas do adenoma hipofisário podem ser:
Gigantismo
- Testa, nariz e mandíbula proeminentes
- Aumento dos órgãos internos, principalmente o coração (hipertrofia cardíaca)
- Perda da visão periférica (hemianopsia bitemporal)
- Atraso na puberdade
- Suor em excesso
- Visão dupla
- Dores de cabeça
Acromegalia
- Problemas no sono
- Dores de cabeças persistentes
- Artropatias, como dores no joelho, ombro e costas
- Perda da visão periférica (hemianopsia bitemporal) ou visão dupla
- Rouquidão
- Espessamento da pele
- Perda de líbido
- Disfunção menstrual nas mulheres e disfunção erétil nos homens
Diagnóstico e tratamento de adenoma hipofisário
O diagnóstico de adenoma hipofisário pode ser revelado mediante exames físicos, de imagem e de sangue. Antes de tudo, a criança e o adolescente precisam de acompanhamento de pediatra regular, pois só assim é possível perceber os sinais de gigantismo acontecendo. No caso do adulto a avaliação física é primordial e perceptível, mas precisa de exames de sangue e de imagem.
O teste de tolerância oral à glicose e a dosagem sérica do IGF-1 são alguns dos exames que podem ajudar a identificar o adenoma hipofisário. No teste de tolerância oral a glicose, o paciente ingere uma quantidade de glicose e, durante algum tempo, são realizados exames de sangue para medir os níveis de GH sérico.
Normalmente, a glicose suprime a secreção de GH, mas em pacientes com acromegalia ou gigantismo, os níveis de GH permanecem elevados. Assim, é possível confirmar a doença. Em crianças e adolescentes é possível identificar o gigantismo através de exames físcos e exame de GH. A ressonância e o raio X também são fundamentais para o diagnóstico.
O tratamento para adenoma hipofisário se baseia na retirada do tomor através de cirurgia. Porém, já existem cirurgias por vias naturais das cavidades cranianas para que esta seja minimamente invasiva. Dessa forma, é possível evitar cicatrizes no rosto ou couro cabeludo. Somente a cirurgia para retirada do adenoma hipofisário pode levar à cura e ao desaparecimento dos sintomas que envolvem dores.
Referência: https://www.drmarcosdevanir.com.br/post/adenoma-de-hip%C3%B3fise-produtor-de-hormonio-do-crescimento-gh