A produção independente é uma das formas que a mulher tem de gerar uma criança sem ter necessariamente a participação de um cônjuge ou figura paterna.
Já faz algum tempo que o número de mulheres solteiras que buscam a reprodução humana assistida para ter filhos sozinhas vem aumentando. Os fatores podem variar de acordo com as circunstâncias individuais, mas a maioria deles reflete o desejo de autonomia e a busca por realização pessoal.
A sociedade está mudando o tempo todo e o conceito de família tradicional composta por homem, mulher e filhos vem sendo desconstruída para dar lugar à ideia de família plural e diversificada. A medicina reprodutiva vem contribuindo para essa desconstrução, uma vez que as possibilidades de formar uma família são múltiplas.
Se você é uma mulher ou conhece alguém que já cogitou o a produção independente, saída que é possível através de um tratamento de reprodução humana. Se a mulher ainda não sabe quando quer engravidar, ela pode fazer o congelamento de óvulos para preservar a fertilidade.
Fatores que levam mulheres à produção independente
Gerar uma criança e manter o cuidado até a fase adulta dela não é uma tarefa fácil, mas é uma ação bastante recompensadora. O desejo da maternidade pode surgir em qualquer fase da vida e ter um filho acaba se tornando uma busca por realização pessoal.
Existem diversos fatores que podem influenciar a produção independente nas mulheres, dentre elas estão:
- Independência e autonomia: muitas mulheres desejam ter filhos sem depender de um parceiro ou de um relacionamento romântico. Elas optam pela maternidade solo para manter total controle sobre suas escolhas reprodutivas e o ambiente em que criarão seus filhos.
- Desejo de maternidade em determinada fase da vida: algumas mulheres decidem não esperar por um relacionamento ideal ou pela “pessoa certa” para terem filhos. Elas querem realizar o sonho de ser mãe em uma fase específica de suas vidas, seja por razões biológicas, emocionais ou profissionais.
- Idade e relógio biológico: de fato, a pressão do relógio biológico é um fator significativo, principalmente se a mulher já está na faixa dos 30 ou 40 anos, idade na qual ela poderá enfrentar a dificuldade para engravidar. Para não perder a janela biológica ideal para a concepção, elas optam pela produção independente.
- Independência financeira: esse fator influencia muito a decisão de ter um filho sozinha, já que a estabilidade financeira e independência podem trazer a sensação de mais capacidade para criar um filho. Dessa forma, elas não precisam esperar por um parceiro ou pela contribuição financeira de outra pessoa.
- Desapontamento com relacionamentos: experiências negativas em relacionamentos amorosos, divórcios ou falta de confiança em encontrar um parceiro adequado para formar uma família podem levar mulheres a buscar a maternidade de forma independente.
- Avanço da medicina reprodutiva: A evolução das técnicas de reprodução assistida, como inseminação artificial, fertilização in vitro (FIV) e o uso de doação de esperma, facilita o acesso à maternidade solo.
- Preferência pessoal ou filosófica: Algumas mulheres simplesmente preferem ser mães sozinhas devido a crenças pessoais, filosóficas ou religiosas, que valorizam a criação independente dos filhos.
Aqui estamos falando especificamente de mulheres que, por algum motivo, resolveram ser mães solos. Mas existem outros casos que configuram como reprodução independente, como:
Casais homoafetivos: eles optam pela técnica de produção independente porque, no caso de casal de mulheres, vão precisar de doação de sêmens, e no caso de casal de homens, vão precisar de doação de óvulos ou útero de substituição.
Casais com dificuldade para engravidar: casais que enfrentam algum tipo de infertilidade podem recorrer ao banco de sêmen, se for infertilidade masculina, ou ao banco de óvulos, se for infertilidade feminina.
Homens solteiros: de certa forma, homens solteiros também podem buscar a produção independente através de um útero de substituição e doação de óvulos.
Como é realizada a produção independente
A primeira coisa que a mulher que quer fazer a produção independente precisa fazer é pesquisar bem e escolher uma clínica de fertilização confiável que ofereça segurança e aconselhamento especializado para o seu caso. Depois disso, o passo a passo é basicamente isso:
Avaliação da fertilidade da mulher
Existem alguns exames para fazer antes de engravidar que são extremamente importantes para avaliar a saúde da mulher. O médico irá avaliar o histórico de saúde e pedir exames de sangue para ver a dosagem de hormônios como progesterona dosagem de hormônio antimulleriano, exame que pode avaliar a reserva ovariana da mulher para saber o seu potencial de fertilidade. Além disso, exames de imagem podem ser solicitados para avaliação física do sistema reprodutor feminino, como útero, trompas e ovários.
Escolha da técnica de reprodução humana
Através dos resultados dos exames, o médico conseguirá definir qual a melhor estratégia de reprodução, podendo ser inseminação artificial ou fertilização in vitro.
Seleção do banco de sêmen
Definida a estratégia, são escolhidas as amostras de sêmen de um banco de doadores anônimos, que pode ser de doadores nacionais ou internacionais, dependendo da clínica.
Estimulação ovariana
Nessa etapa, a mulher usa medicamentos especiais para estimular a ovulação para posterior coleta ou inseminação. O gonal é um medicamento especial usado para estimular os folículos ovarianos e pode ser encontrado em farmácias especializadas, como a Drogas Fast.
Fertilização dos óvulos
Se a escolha for a inseminação artificial, o médico irá marcar o dia para inseminação dos espermatozoides no útero da mulher. Se for a FIV, a fertilização acontece em laboratório, em alguns dias os embriões se desenvolvem e depois acontece a transferência do embrião no útero da mulher. Se a implantação ocorrer com sucesso, a gravidez segue naturalmente.
Seja qual for o motivo da produção independente, a mulher sabe da sua capacidade de gerar e criar um filho. Infelizmente, existem mães solos (não por opção) que criam seus filhos sozinhas, mesmo com a presença de um genitor. Ter a autonomia de decidir por uma produção independente é um privilégio.
Referências: https://materprime.com.br/producao-independente/