O câncer de próstata é uma das condições que mais afetam a fertilidade masculina, fazendo com que o homem tenha dificuldade para ter filhos.
O câncer de próstata é caracterizado pela presença de um tumor na glândula prostática, uma pequena estrutura do sistema reprodutor masculino que fica abaixo da bexiga, em frente ao reto.
A próstata é um órgão que contribui para a produção do sêmen, além de ter um papel importante nas funções reprodutivas e na qualidade de vida do homem. Se a saúde da próstata é comprometida, consequentemente estas outras funções também são, levando à infertilidade.
Novembro é o mês da conscientização sobre o câncer de próstata e a saúde do homem, enquanto outubro é o mês da conscientização sobre os sinais do câncer de mama além de um caroço.
Sinais e sintomas do câncer de próstata
Apesar de ser uma doença silenciosa no estágio inicial e não provocar sintomas expressivos, à medida que avança, o câncer de próstata pode dar alguns sinais que podem ligar o alerta para a saúde masculina. A principal forma de descobrir o câncer ainda no início, é realizando checkup de saúde regular e fazendo exames necessários.
Dessa forma, é possível buscar tratamento ainda no início da doença e obter melhores chances de cura. Fique atento a sintomas como:
- Dor e dificuldade para urinar, incluindo um fluxo de urina mais fraco;
- Aumento da necessidade de urinar, principalmente durante a noite;
- Dor ao ejacular;
- Presença de sangue na urina ou no sêmen;
- Dor pélvica e nas costas, que pode se estender para os quadris;
- Disfunção erétil, sintoma que também pode estar associado ao câncer de próstata, embora possa ocorrer por outros motivos.
Esses sintomas podem estar associados à outras condições, por isso, antes de se autodiagnosticar ou se automedicar, é importante buscar ajuda médica
Como é feito o diagnóstico do câncer de próstata
Para confirmar o diagnóstico de câncer de próstata é preciso realizar consulta médica para avaliação. Os exames de rotina, incluindo o exame de toque retal e a dosagem do PSA (antígeno prostático específico) no sangue, são essenciais para o diagnóstico.
O PSA é uma proteína produzida pela próstata que, em níveis elevados, pode indicar a presença de câncer. No entanto, essa proteína elevada também pode estar associada a outras condições como prostatite ou hiperplasia benigna da próstata.
Outros exames como a biópsia da próstata e a ressonância magnética podem ajudar no diagnóstico e indicar a gravidade da doença. A biópsia consiste na coleta de amostras de tecido da região do períneo, por meio de uma punção, que é uma técnica que reduz o risco de infecções.
Os exames para rastreamento de câncer de próstata são indicados para homens a partir dos 50 anos ou, caso de histórico familiar de câncer de próstata, a partir dos 40 anos. Quanto antes descoberto qualquer indício do câncer, mais cedo o tratamento e melhores as chances de recuperação.
Como é o tratamento para o câncer de próstata
O tratamento para câncer de próstata pode variar conforme o estágio da doença e as características de cada paciente. Dentre alguns tratamentos estão:
- Prostatectomia radical: cirurgia de remoção da próstata, indicada para casos em que o câncer está localizado.
- Radioterapia: é uma opção menos invasiva usada em casos de câncer localizado também.
- Vigilância ativa: indicada em alguns casos de câncer de baixo risco, onde o paciente é monitorado regularmente para detectar qualquer avanço na doença.
- Terapia hormonal: aplicada principalmente em casos em que o câncer já se espalhou para outras áreas (metástase).
- Quimioterapia e novos agentes hormonais: utilizados para tratamento em casos de metástase e câncer avançado.
Quem teve câncer de próstata pode ter filho
Uma das preocupações dos homens diagnosticados com câncer de próstata é sobre a sua fertilidade e se ele poderá gerar filhos após o tratamento. Essa questão pode variar de acordo com a gravidade da doença e como tratamento utilizado.
Se o paciente precisou de uma prostatectomia radical, pode ser que ele não possa mais gerar filhos, pois essa cirurgia interfere na produção de sêmen, levando à infertilidade masculina permanente. Já a terapia hormonal e a radioterapia são tratamentos que prejudicam a produção e a qualidade dos espermatozoides, podendo levar a algum tipo de azoospermia.
Apesar disso, existem tratamentos alternativos para aqueles que desejam ser pais. Inclusive, a medicina reprodutiva vem avançando ao longo dos anos e possibilitando cada vez mais a realização do sonho da paternidade e maternidade. Dentre as opções estão:
Preservação da fertilidade: Assim como existe o congelamento de óvulos, também existe a possibilidade de congelamento de espermatozoides. Essa opção é indicada para fazer antes do tratamento de câncer, quando os espermatozoides ainda estão saudáveis.
Reprodução humana: coma fertilidade preservada, pacientes podem usar o material genético congelado em um tratamento para engravidar, como a fertilização in vitro (FIV). A mulher que vai gestar a criança faz uso de medicamentos para FIV que estimulam a ovulação para coleta e fertilização em laboratório.
Como prevenir o câncer de próstata
Embora não exista uma maneira garantida de prevenir o câncer de próstata, o risco da doença pode ser reduzido com a prática de hábitos saudáveis, que não só ajuda na prevenção do câncer como de doenças em geral, mantendo a saúde e a fertilidade do homem em dia. Uma vida saudável inclui:
- Dieta equilibrada rica em vegetais, frutas, cereais integrais, alimentos com menos gordura e proteínas magras;
- Prática de atividades físicas, pelo menos 30 minuto por dia;
- Manutenção do peso corporal, evitando o sobrepeso e a obesidade que estão associados a um maior risco de câncer;
- Evitar fumar e consumir álcool em excesso.
O câncer de próstata, assim como qualquer câncer é uma doença agressiva que prejudica muito a saúde do homem. É importante sempre realizar exames periódicos com checkup de saúde em geral, pois o acompanhamento médico pode ajudar no diagnóstico precoce de doenças.
Referência: https://www.einstein.br/doencas-sintomas/cancer-de-prostata
Escrito por: Darcicleia Oliveira, jornalista, redatora e social media.
*Com supervisão do farmacêutico responsável: Pedro Monteiro Ribeiro Neto CRF-BA 14787