Para entender como os hormônios afetam a saúde mental é preciso levar em consideração que a saúde da mente também pode afetar a produção de hormônios.
Falar sobre como os hormônios afetam a saúde mental pode ser uma ótima maneira de ajudar as pessoas a investigar melhor sua saúde hormonal. Muitas pessoas ainda não sabem exatamente como os hormônios agem no corpo e na saúde mental, por isso é tão importante conhecer cada um deles e saber o que fazer para equilibrá-los.
Vale destacar que os hormônios não são os únicos determinantes para doenças psicológicas, pois existem diversos fatores que precisam ser analisados conjuntamente. Nesse artigo você confere como os hormônios afetam a saúde mental e os sentimentos, e o que fazer para ter mais sensações de felicidade, bem-estar, disposição e saúde.
Conhecer o corpo e perceber mudanças comportamentais e de humor são essenciais para buscar ajuda de especialistas em hormônios e saúde mental.
Afinal, como os hormônios afetam a saúde mental?
Alguns hormônios contribuem para a sensação de bem-estar e saúde ao modo que outros, se desregulados, influenciam negativamente os sentimentos, principalmente nas mulheres, que ao longo dos anos vem sofrendo mais com transtornos mentais, como depressão e ansiedade, do que os homens, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os hormônios sexuais femininos, como o estrogênio e progesterona, por exemplo, podem atuar na regulação do humor, já os hormônios da tireoide desregulados podem causar irritabilidade, mudanças repentinas de humor, cansaço inexplicável e até depressão.
Além disso, os altos níveis de cortisol aumentam o excesso e a irritabilidade. Por isso, é fundamental sempre fazer um check-up de saúde, com exame de sangue para dosagem de TSH ou exame de imagem (ultrassonografia) para verificar os níveis desses hormônios e identificar possíveis causas de sintomas que afetem a saúde mental, e também para buscar formas de equilibrá-los no organismo.
Vale ressaltar que a saúde da mente pode ser influenciada por diversos fatores, que incluem genética, ambiente, estilo de vida, saúde geral e outros hormônios e neurotransmissores.
É dessa forma que os hormônios afetam a saúde mental, portanto, corrigir as alterações hormonais pode ajudar a melhorar o humor e a sensação de bem-estar. Sendo assim, sempre que sentir mudanças no seu comportamento que estão atrapalhando o seu dia a dia, busque ajuda de um psicoterapeuta, de um endocrinologista ou algum médico especialista para investigar a sua condição.
Qual a relação do hormônio do crescimento com a saúde mental?
O hormônio do crescimento (GH, do inglês Growth Hormone) desempenha várias funções no organismo, incluindo o crescimento e desenvolvimento de tecidos, regulação do metabolismo e manutenção da saúde em geral. Embora o GH seja frequentemente associado ao crescimento infantil e adolescente, ele também tem um impacto na saúde mental.
A principal relação do hormônio do crescimento com a saúde mental diz respeito aos efeitos do GH no cérebro. Por ser produzido no cérebro, o GH possui um papel fundamental na formação de novos neurônios (neurogênese), na regulação do humor e na função cognitiva.
De acordo com estudos científicos da última década, o GH contribui em algum nível para a plasticidade cerebral, que é a capacidade do cérebro de se adaptar e reorganizar ao longo do tempo. A plasticidade cerebral está relacionada à aprendizagem, memória, habilidades cognitivas e emocionais.
O que acontece quando os níveis de GH estão baixos no organismo?
A deficiência de GH, especialmente quando ocorre durante a infância, pode levar a problemas no desenvolvimento cognitivo e emocional. Além disso, baixos níveis de GH têm sido associados a condições como depressão, ansiedade e distúrbios do sono.
Agora que você já sabe como os hormônios afetam a saúde mental, é fundamental entender que qualquer preocupação relacionada à saúde mental deve ser discutida com um profissional de saúde qualificado, como um médico ou psicólogo, que poderá avaliar o quadro individualmente e fornecer orientações apropriadas.
Escrito por: Darcicleia Oliveira, jornalista, redatora e social media.
*Com supervisão do farmacêutico responsável: Pedro Monteiro Ribeiro Neto CRF-BA 14787