Você ou alguém que conhece tem vontade de engravidar, é fumante e tem dúvidas se fumar causa infertilidade? Então, leia o texto e entenda os riscos do tabagismo na fertilidade.
Que o cigarro aumenta o risco de doenças cardíacas, vasculares e pulmonares você já sabe, mas o que algumas pessoas não estão levando em consideração é o fato de que a longo prazo, o ato de fumar pode levar a problemas de fertilidade em homens e mulheres.
Fumar causa infertilidade duas vezes mais comparada à infertilidade de pessoas não fumantes, ou seja, as taxas de infertilidade em fumantes são maiores que as taxas de infertilidade encontradas em pessoas que não fumam.
Para quem tem o sonho de ser mãe, possui algum tipo de infertilidade e precisa fazer um tratamento para engravidar não vale a pena continuar com o hábito de fumar, pois, além de diminuir as chances de gravidez, aumentar os riscos para o bebê e para a própria mãe, tem a questão dos altos custos do tratamento e dos medicamentos para FIV e para outros métodos.
Tabagismo diminui a fertilidade: Pare de fumar antes de engravidar.
Fumar causa infertilidade: Como o cigarro afeta a fertilidade?
Se o casal é fumante e não possui nenhum tipo de doença que impeça a gravidez, mas mesmo assim está com dificuldade para engravidar rápido, pode ser que o cigarro esteja causando a infertilidade.
Isso acontece porque, tanto no cigarro, quanto na fumaça existem compostos químicos, (como nicotina, cianeto e monóxido de carbono) que aumentam a perda de óvulos, ao longo dos anos, fazendo com que, inclusive, as mulheres entrem em menopausa antes mesmo daquelas mulheres que não fumam.
Já nos homens, os efeitos do cigarro estão nos espermatozoides que podem ter sua qualidade, motilidade e quantidade prejudicadas. Além disso, pode aumentar o número de espermatozoides anormais e diminuir a capacidade de fertilização dos óvulos e disfunção erétil.
Se entre um casal, há um fumante e outro que não fuma, os riscos ainda são os mesmos, pois aquele que não fuma ativamente passa a ser fumante passivo, aspirando a fumaça da mesma forma.
Pare de fumar antes de engravidar com a reprodução humana
Fumar é um hábito viciante que vai consumindo a saúde de um fumante por dentro e parar de fumar não é algo tão simples como a gente imagina. Algumas pessoas levam anos até deixar definitivamente o fumo, mas nesse período muito estrago já foi feito. Ao pensar em engravidar é importante ter um planejamento familiar consistente que vai ajudar a seguir cada etapa da vida do casal.
A decisão de começar um tratamento para engravidar, seja com fertilização in vitro (FIV) ou qualquer outra técnica de reprodução humana envolve diversas renúncias, inclusive a de fumar, pois fumar causa infertilidade a longo prazo.
Uma pesquisa publicada na última década sobre o Tabagismo materno entre mulheres com e sem uso de tecnologias de reprodução assistida, concluiu que fumar pode diminuir a fertilidade e afetar negativamente os resultados da gravidez.
Além disso, a mulher pode sofrer com complicações na gestação, como placenta prévia, descolamento prematuro da placenta, parto prematuro, restrição do crescimento fetal e morte súbita do lactente. Além disso, o tabagismo interfere nos resultados do tratamento para engravidar com reprodução assistida.
O cigarro também está associado a chances menores de nascidos vivos por ciclo, maiores chances de aborto espontâneo e maiores chances de gravidez ectópica.
Fumar durante a gravidez afeta o desenvolvimento do embrião
Se fumar antes de engravidar já traz complicações, imagina fumar durante toda a gestação e depois do parto, no período de amamentação. Estudos mostram que fumar pode atrasar o desenvolvimento de crianças geradas naturalmente ou concebidas por fertilização in vitro (FIV) e injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI).
O dia 29 de agosto também é lembrado como o dia nacional de combate ao fumo, por isso, resolvemos mostrar nesse artigo que fumar causa infertilidade e outras complicações gestacionais. Em prol da sua saúde, pare de fumar e recupere sua qualidade de vida.
Escrito por: Darcicleia Oliveira, jornalista, redatora e social media.
*Com supervisão do farmacêutico responsável: Pedro Monteiro Ribeiro Neto CRF-BA 14787