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Como a glicose e a insulina influenciam a secreção do hormônio do crescimento

Saiba qual o papel da glicose na regulação metabólica da secreção do hormônio do crescimento e como o alto consumo de açúcar pode interromper a produção de GH.

Estudos recentes sobre regulação metabólica buscam entender como a glicose e a insulina influenciam a secreção do hormônio do crescimento no organismo. Há evidências de que comer em excesso, principalmente alimentos ricos em açúcar, bem como estar acima do peso pode interferir na secreção de hormônio do crescimento.

No entanto, ainda não se sabe exatamente como a ingestão de açúcar faz o corpo parar de produzir o hormônio de crescimento. Na endocrinologia, os médicos ainda realizam o teste oral de tolerância à glicose para ver como o corpo reage em relação ao GH.

Como a glicose e insulina influenciam a secreção do hormônio do crescimento

O aumento da glicose e da insulina no sangue influencia a secreção do hormônio do crescimento.

Fatores que interferem na secreção de GH

O que se sabe atualmente é que a secreção do hormônio do crescimento pode ser afetada por diversos fatores, como sexo, índice de massa corporal e redistribuição do tecido adiposo. Além destes, há outros que influenciam, como:

Sono

A secreção de GH é mais elevada durante o sono profundo, especialmente durante as fases iniciais do sono REM (Rapid Eye Movement). Sem um sono de qualidade, é possível que o corpo não consiga produzir hormônio do crescimento suficiente para atender as necessidades do corpo.

Exercício Físico

Você sabia que o exercício físico estimula a liberação do GH? Atividades físicas intensas, especialmente o treinamento de resistência e o treinamento intervalado de alta intensidade, podem aumentar a secreção de GH. Pessoas sedentárias e acima do peso acabam por produzir menos esse hormônio, só aumentando ainda mais a gordura abdominal e a perda de massa magra.

Nutrição

A glicose e a insulina influenciam a secreção do hormônio do crescimento, por isso uma dieta equilibrada e rica em proteínas pode favorecer a produção de GH. Além disso, o jejum intermitente também pode aumentar temporariamente os níveis de GH. Por isso, uma alimentação rica em açúcar faz com que glicose e a insulina influencie a secreção do hormônio do crescimento de forma negativa.

Estresse

Situações de estresse, tanto físico quanto emocional, podem levar a um aumento na produção de GH. No entanto, é preciso saber controlar o estresse para que o mesmo não prejudique outras áreas da saúde e o bem estar emocional.

Idade

Naturalmente, a secreção de GH diminui com o avanço da idade. Durante a infância e a adolescência, os níveis de GH são mais elevados, o que contribui para o desenvolvimento e crescimento infantil.

Medicamentos

Alguns medicamentos, como esteroides anabolizantes e hormônios tireoidianos, podem afetar os níveis de GH. É importante sempre buscar orientação médica sobre o uso de qualquer medicamento, principalmente de reposição hormonal, pois existe uma diferença entre esteroides anabolizantes e GH.

Condições médicas

Certas condições médicas, como deficiência de GH, doenças da hipófise, obesidade e diabetes, podem impactar a secreção de GH.

O papel da glicose na regulação metabólica da secreção do hormônio do crescimento

A somatotropina é um dos principais hormônios do corpo e por isso vem sendo cada vez mais estudado para compreensão dos seus muitos efeitos no corpo, principalmente no que diz respeito ao crescimento de crianças e adolescentes, controle do metabolismo e até nos efeitos antienvelhecimento.

No estudo sobre o papel da glicose e da insulina na regulação metabólica da secreção do hormônio do crescimento, o objetivo é analisar os dados acumulados sobre os efeitos isolados da hiperglicemia e hiperinsulinemia sobre a secreção de GH, assim como de outros reguladores metabólicos e condições que afetam sua sinalização.

A insulina desempenha um papel significativo na secreção e sinalização do hormônio do crescimento (GH) das seguintes maneiras:

Regulação da secreção de GH

A insulina tem um efeito inibitório na liberação de GH pela glândula pituitária anterior. Quando os níveis de glicose no sangue aumentam após uma refeição, a secreção de insulina também aumenta, e isso geralmente está associado a uma diminuição na secreção de GH.

Se há uma nutrição adequada com baixos níveis de açúcar ou jejum, o hormônio do crescimento assume a função de controle do metabolismo, fornecendo produtos de lipólise como substratos energéticos que suportam funções vitais. É nesse sentido também que a glicose e a insulina influenciam a secreção do hormônio do crescimento.

Modulação do eixo somatotrófico

A insulina e o GH estão interligados no eixo somatotrófico. A insulina atua para regular a expressão do receptor de GH, afetando a sensibilidade dos tecidos-alvo ao GH. Uma deficiência de insulina pode resultar em uma menor expressão do receptor de GH e, portanto, uma menor resposta aos níveis normais de GH.

Aumento da sinalização do GH em tecidos-alvo

Embora a insulina iniba a secreção de GH pela glândula pituitária, ela pode potencializar os efeitos do GH em seus tecidos-alvo. A insulina pode aumentar a expressão do receptor de GH em certos tecidos, aumentando assim a resposta desses tecidos ao GH.

Papel no crescimento e metabolismo

Tanto a insulina quanto o GH desempenham papéis importantes no crescimento e metabolismo. A insulina promove o crescimento e o armazenamento de nutrientes, enquanto o GH tem efeitos anabolizantes que estimulam o crescimento e o metabolismo de gorduras e proteínas.

Você já sabe como a glicose e a insulina influenciam a secreção do hormônio do crescimento. Porém, embora a insulina iniba diretamente a secreção de GH pela glândula pituitária, ela também pode interagir com o GH para modular a resposta dos tecidos-alvo, desempenhando um papel complexo na regulação do crescimento e do metabolismo.

 

Referência: O papel da glicose e da insulina na regulação metabólica da secreção do hormônio do crescimento – PMC (nih.gov)

Escrito por: Darcicleia Oliveira, jornalista, redatora e social media.

*Com supervisão do farmacêutico responsável: Pedro Monteiro Ribeiro Neto CRF-BA 14787